Jornalista Maria Cristina Fernandes analisa como o ministro da Fazenda conseguiu virada com proposta da nova regra fiscal.
Quando seu nome foi anunciado no comando do Ministério da Fazenda, Fernando Haddad se viu envolto em desconfiança. E sua primeira derrota veio já no começo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a prorrogação da desoneração dos combustíveis.
Três meses depois do início do novo governo, Haddad conseguiu uma virada com a proposta da nova regra fiscal, anunciada nesta quinta-feira (30). Essa é a análise da jornalista Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da rádio CBN, em entrevista ao podcast O Assunto desta sexta-feira (31).
"Ele realmente fez uma virada, porque se a gente for ver o que que aconteceu na posse, três meses atrás, o Haddad assumiu com uma derrota gigantesca, que foi a prorrogação da desoneração dos combustíveis."/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/s/P/hiUmKARjA4wzL1gt1aeg/2023-02-28t214009z-609757730-rc2kkz9qr84k-rtrmadp-3-brazil-fuels.jpg)
Haddad durante coletiva em Brasília no dia 28 de fevereiro de 2023 — Foto 👆: REUTERS/Adriano Machado
"O presidente da república acabou cedendo aos argumentos do PT de que o novo governo não podia tomar posse dando logo uma pancada nos combustíveis que isso causaria uma reação muito grande do eleitor na linha do do estelionato eleitoral, né? E ele teve que engolir."
Desde então, Haddad passou a "costurar" no Congresso, no setor financeiro, no mercado, na sociedade e junto ao sindicatos o que acabaria por se tornar esse arcabouço fiscal.
"O Haddad, pasmem, parece que caiu nas graças do mercado", disse Maria Cristina.
LEIA TAMBÉM