- Uma guerra total no Oriente Médio 'deve ser evitada', diz Biden
Uma guerra total no Oriente Médio "deve ser evitada", afirmou neste domingo (29) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em meio a novos ataques do exército israelense que deixaram mais de 50 mortos no Líbano e atingiram alvos em Gaza e em locais mais distantes, como o Iêmen.
O grupo militante Hezbollah sofreu uma série de golpes em sua estrutura de comando, incluindo a morte de seu líder geral, Hassan Nasrallah.
O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, disse nesta segunda-feira (30) que o movimento está pronto para enfrentar qualquer invasão terrestre israelense ao Líbano. "Israel não alcançará seus objetivos", disse ele.
Esse foi o primeiro discurso público de uma autoridade do grupo extremista libanês desde que Israel assassinou seu líder, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27).
"Enfrentaremos qualquer possibilidade e estamos prontos se os israelenses decidirem entrar por terra. As forças de resistência estarão prontas para um confronto terrestre", disse Qassem.
Qassem afirmou também que o conselho do grupo vai escolher um novo líder em breve.
O líder do Hamas no Líbano foi morto em um ataque de Israel nesta segunda-feira (30).
Segundo o próprio Hamas, Fateh Sherif Abu el-Amin liderava as operações do grupo terrorista no Líbano — o Hamas atua principalmente na Faixa de Gaza, onde foi fundado, mas também tem bases na Cisjordândia e no Líbano.
As Forças Armadas de Israel também confirmaram a morte e disseram que el-Amin foi "eliminado" junto de sua esposa e filhos durante um ataque nesta segunda na cidade de Tiro, no sul do Líbano, que vem sendo alvo de bombardeios israelenses desde a semana passada.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira (30) que Israel seguirá sua ofensiva no Líbano mesmo após o assassinato do comandante do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e indicou que o início de uma operação por terra no país vizinho está próximo.
"A eliminação do Nasrallah é um passo importante, mas não é o fim", disse Gallant, em visita a tropas na fronteira entre Israel e o Líbano.
Aos soldados, o ministro afimrou que as Forças Armadas "ativarão todas as suas capacidades", em indicação a uma incursão por terra no Líbano.
"Para que os residentes do norte (de Israel, deslocados por conta do lançamento de foguetes e mísseis pelo Hezbollah) voltem com segurança às suas casas, ativaremos todas as nossas capacidades — incluindo vocês)", discursou.
A troca de ataques entre Israel e o Hezbollah levantou preocupações da comunidade internacional sobre o risco de uma guerra total no Oriente Médio. Nesse contexto, mais um país se viu diretamente envolvido no conflito: o Líbano, onde surgiu o Hezbollah, faz fronteira com Israel e Síria.
g1