Sem barracas na grama ou vamos ao confronto

Cartaxo Arruda Junior
Brasília cidade Patrimônio Cultural da Humanidade “tombada em 1972 pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – criou a Convenção do Patrimônio Mundial, para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. O objetivo é permitir que o legado que recebemos do passado, e vivemos no presente, possa ser transmitido às futuras gerações.” http://www4.planalto.gov.br/restauracao/brasilia-patrimonio-cultural-da-humanidade

Brasília a cidade de todos os brasileiros que devem preservar e manter sem desfigura-la, preceito este respeitado até que no meio deste ano da graça de 2015, quando parte da Esplanada dos Ministérios foi ocupada por quase 10 barracas, faixas, caminhões, cartazes fincados no grama, calçada e nas arvores pedindo intervenção militar, volta da ditadura, impeachment,  até suástica nazista, verdadeira afronta a todos nos e um péssimo exemplo de frouxidão democrática na jovem democracia brasileira, onde se pode quase tudo menos que se peça sua extinção, que foi conquistada na luta e com o sacrifício de muitos. Foi o que assistiu os chefes de Estado que vieram participar do encontro do MERCOSUL, Angela Merkel (chefe do governo alemão), dentre outros .

O NDD chamou o Ministro da Justiça às falas aqui: https://luizmullerpt.wordpress.com/2015/07/26/preservar-a-democracia-na-esplanada-por-luiz-edgard-cartaxo-de-arruda/ e em pouco tempo a parafernália golpista foi removida, mas aos pouco eles voltaram agora sem a suástica, sem pedido a volta ditadura, sem a intervenção militar. As faixas de agora são outras, dirigida a presidenta Dilma com pedidos de impeachment, aos congressistas, ao TCU, Fora PT, Fora Lula, Fora Dilma, Fora Comunistas.

É o mesmo golpismo, mais refinado e mascarado, que levou Getúlio Vargas ao suicídio, as tentativas de golpe ao governo de Juscelino Kubitschek, a renúncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo, a deposição de Jango Goulart,  a posse de Sarney no lugar de Ulisses Guimarães. É o mesmo golpismo que há muito tentam na Venezuela, Bolívia, Argentina, Equador e que conseguiram no Paraguai e em Honduras. É a operação Condor repaginada, mas eles não passarão.

As barracas estão transformando o gramado próximo ao espelho d´agua do Congresso em camping, pra começo de conversa é um crime ambiental e ecológico.  Cadê os verdes? Estão matando sufocada a grama da Esplanada.  É também um afronta a democracia, a arquitetura, ao patrimônio histórico. Um desrespeito a consciência da cidadania brasileira, um acinte antidemocrático, uma parafernália midiática numa revolução plastificada, o próprio Dragão da Maldade.

As mesmas “zelites” brasileira, serviçal dos americanos, uma tristeza. Um afronta a própria historia brasileira, uma reunião de agora já com dezenas de barracas vazias pedindo a volta da ditadura, querendo dá um golpe na democracia brasileira, eles querem entregar a Petrobras como fizeram com a Vale do Rio Doce.

A luta é desigual, eles apelam até para o inimaginável. Quem é o responsável por autorizar todo esse “carnaval”? Até quando vão os deixar permanecerem?  A Comissão da Verdade quis fazer uma manifestação efêmera, fincando no gramado do Congresso pequenas cruzes de madeira, numa homenagem aos mortos e desaparecidos pela Ditadura e não foi permitido. 

Faixas dos movimentos sociais só podem permanecer seguradas por pessoas, não podem ser fincadas na grama com estão as barracas.  São as normas da lógica, eles estão acampados há meses, será que vão consentir o MST, a CUT, a UNE acamparem lá também ad infinitum... Com a palavra o Governador do Distrito Federal.

Tem que haver uma reação. Vamos ao confronto.

Por L.E.Cartaxo de Arruda Jr, 
Memorialista e Diretor do MOVASE,

Fátima de Deus, 
Professora, Ativista. Integrante do NDD.

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