A revolução plastificada no gesto de alçar na Praça dos Três Poderes um boneco do General Antônio Hamilton Martins Mourão, exonerado da chefia do Comando Militar do Sul porque fez pronunciamento golpista em palestra a comandados admitindo inclusive homenagem póstuma a um torturador, foi o ápice que conseguiu a Vênus Platinada para golpear a comemoração da Proclamação da Republica no dia 15 novembro, eis que aparece o General feito boneco parecido com os do Lula e da Dilma, na certa feito pelos mesmos.
Quem se atreve a furar tal boneco? A imagem é grotesca, estapafúrdia, uma palhaçada armada no dia certo, na hora certa. Para quem gosta de calendário, ele estava bem guarnecido arrudiado de barracas vazias.
Vem-me na mente a ideia de fazer cruzes com nomes dos mortos desaparecidos pela ditadura, por exemplo, o Deputado Rubens Paiva e o Osvaldão, e fixa-las em frente das barracas vazias. Como estão parece arte conceitual ou abstrata esquizoíde. Tendo os nomes escritos nas cruzes fixadas em frente das barracas, tornam-se algo mais concreto.
Aliais repetimos a indagação já feita, as barracas estão instaladas há mais de um mês, vão ficar ad infinitum? Qual a serventia delas? Quem autorizou?
Os nomes dos mortos desaparecidos irão dar um propósito real a este embuste que perpetuam estas barracas vazias no gramado da Esplanada dos Ministérios.