Ciro Gomes filia-se ao PDT em Brasília

O ex-ministro Ciro Gomes assinou nesta quarta-feira (16), a ficha de filiação ao PDT. A cerimônia contou com participação ainda do ex-governador Cid Gomes (Pros), do governador Camilo Santana (PT) e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros).

A mudança de Ciro do Pros para o PDT foi articulada com a colaboração do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do líder do partido na Câmara, André Figueiredo, presidente da sigla no Ceará.

Segundo André Figueiredo, o retorno do Ciro Gomes às atividades partidárias engrandece o debate político atual. O parlamentar assegura que a filiação de Ciro ao PDT significa um crescimento importante do partido em todo o País, porque poderá ser uma alternativa para a disputa da Presidência da República em 2018, citando as passagens do politico pelo Executivo e Legislativo.

Em discurso, Figueiredo fez uma série de críticas ao ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma Rousseff (PT), citando pelo nome o ministro Joaquim Levy (Fazenda). Pedetista, o ministro Manoel Dias (Trabalho) acompanhou o evento.

Em seu discurso, Ciro Gomes fez críticas ao governo e citou dificuldades para empreender no país com cobranças de taxas e juros que considera "abusivos". "A taxa de juros, condição essencial para empreender, é contra a nossa realidade. No Brasil, o trabalhador que faz uma duplicata paga 2% de juros ao mês e tem que competir com um dos Estados Unidos, que paga 2% ao ano", disse.

Ciro é o primeiro integrante do grupo dos Ferreira Gomes a chegar ao PDT. O ex-ministro já passou pelo PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, Pros. Para o dia 28 de setembro, é esperada filiação dos demais membros do grupo do Pros, incluindo o prefeito Roberto Cláudio, pré-candidato à reeleição.

Em sua primeira entrevista depois de filiar-se ao PDT, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes criticou o movimento pró-impeachment e chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de "maior vagabundo de todos".

A declaração ocorreu no mesmo dia em que seu irmão Cid Gomes - que também deve se filiar ao PDT neste mês- foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 50 mil de indenização a Cunha, por chamá-lo de achacador.

"Cid Gomes era ministro e denunciou que havia um processo de apodrecimento das relações do governo federal com o Congresso Nacional, e que essa deterioração se assentava no achaque, na chantagem. Dito isso, foi lá, meteu o dedo na cara desse maior vagabundo de todos, que é o presidente da Câmara -digo pessoalmente, não como PDT-, pegou o paletó e foi para casa", disse Ciro.

"Hoje, o moralismo [pró-impeachment] está a serviço da mais cruel imoralidade. O presidente da Câmara dos Deputados, hoje, que infelizmente representa uma maioria de corruptos, é quem tem o juízo de admissibilidade ou não do impeachment, cuja razão seria um crime de responsabilidade. Só que nós vamos enfrentá-los", afirmou.

"A presidente [Dilma Rousseff] padece, sendo uma pessoa séria, de dois problemas graves: uma equipe muito ruim e uma falta absoluta de projeto", disse.

DA REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
online@oestadoce.com.br
(NR)

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