Ministros do STF avaliam possibilidade de Bolsonaro ser preso

Durante o último ano, as investigações em curso relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levaram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a reconsiderar a possibilidade de sua prisão. Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, em janeiro havia preocupação de que uma prisão pudesse tumultuar a cena política e fortalecer sua base […]

Foto: Reprodução

Durante o último ano, as investigações em curso relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levaram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a reconsiderar a possibilidade de sua prisão.

Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, em janeiro havia preocupação de que uma prisão pudesse tumultuar a cena política e fortalecer sua base de apoio. No entanto, a avaliação atual sugere que as chances de Bolsonaro escapar de uma punição são reduzidas.

Quatro magistrados do STF acreditam que as evidências tornadas públicas, como a falsificação de cartões de vacina, a posse de joias da Arábia Saudita e as suspeitas de envolvimento direto de Bolsonaro em um suposto golpe de Estado, tornam improvável que ele evite uma pena que o mantenha em liberdade.

Apesar das preocupações expressas pelo subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos sobre a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os ministros do STF foram informados de que a Polícia Federal (PF) avançou nas investigações dos eventos descritos pelo militar.

É importante mencionar que Santos classificou a delação do tenente-coronel como “fraca”, afirmando que ela contém apenas “narrativas” do militar e que é necessário aprofundar as investigações para apresentar denúncias contra Bolsonaro.

No STF, espera-se que a PF conclua sua investigação sobre o suposto envolvimento do ex-presidente em um plano golpista para impedir a posse de Lula (PT) em aproximadamente três meses. Esse caso é considerado o mais sério e poderia resultar na prisão de Bolsonaro, de acordo com os ministros do tribunal.

Além disso, os ministros mantêm a opinião de que, atualmente, não há elementos que justifiquem a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo, defendendo que ele deve ter todas as garantias legais asseguradas nos processos em curso.



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