Sem armas, soldados russos usam pás do século XIX para lutar, diz inteligência do Reino Unido

Segundo relatório do Ministério da Defesa britânico, reservistas enviados por Moscou ao país vizinho foram ordenados a atacar bases ucranianas com o instrumento, o que pode indicar escassez de armas no Exército russo.

Por g1

Sem armas suficientes, um grupo de reservistas russos enviados para lutar na Ucrânia recebeu ordens para entrar em um campo de batalha contra tropas de Kiev com pás do século XIX, para um combate corpo a corpo.

A informação é do Ministério da Defesa do Reino Unido, que realiza relatórios diários sobre a situação e detalhes da guerra na Ucrânia com base em informações filtradas pela agência de inteligência do país.

O relatório britânico afirma que o grupo de reservistas relatou a informantes terem de utilizar pás MPL-50, um modelo militar criado na Rússia em 1869 justamente para combates corpo a corpo.

O episódio aconteceu no fim de fevereiro, ainda segundo o documento, que não revela em que localidade da Ucrânia o suposto confronto ocorreu.

"No final de fevereiro de 2023, reservistas russos mobilizados descreveram ter recebido ordens para atacar uma base forte de soldados ucranianos armados apenas com 'armas de fogo e pás'. As 'pás' provavelmente são ferramentas entrincheiradas empregadas para combate corpo a corpo."

O Ministério da Defesa do Reino Unido fala ainda de "uso contínuo" do instrumento, e diz que isso reflete "a luta brutal e de baixa tecnologia que passou a caracterizar grande parte da guerra".

Moscou não havia se posicionado sobre o suposto uso de pás na luta até a última atualização desta notícia.

A guerra da Ucrânia completou um ano há cerca de 15 dias, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.

Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.

g1

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