Apesar de ter integrado os governos petistas, o grupo político dos irmãos Gomes não se sentiria constrangido de assumir uma eventual candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República pelo PDT em 2018 em oposição ao PT. Os irmãos dizem discordar de muitas das medidas adotadas pela petista neste segundo mandato, mas ressaltam que não a ponto de pedir a saída da presidente do cargo.

Cid, Ciro e parte do grupo político deles no Ceará vão deixar o PROS rumo ao PDT. A filiação de Ciro está marcada para a próxima quarta-feira, 16, em cerimônia individual na sede do PDT, em Brasília. Já Cid e os demais integrantes – entre eles, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio – só devem se filiar à nova legenda durante ato coletivo previsto para o fim de setembro em Fortaleza (CE), reduto eleitoral dos irmãos Gomes. De acordo com o ex-ministro da Educação, em torno de 10 deputados estaduais, três federais e cerca de 70 prefeitos do Ceará devem migrar para o PDT.
Cid Gomes defendeu a candidatura de Ciro à Presidência em 2018. De acordo com ele, Ciro tem conhecimento e acumulou capital político suficiente para concorrer ao cargo. “Ele já foi prefeito (de Fortaleza), governador (do Ceará), deputado federal e candidato à Presidência duas vezes (em 1998 e 2002)”, destacou. “Mas há outros quadros bons (no PDT), como o senador Cristovam Buarque e o próprio (Carlos) Lupi (presidente nacional do PDT)”, ponderou.
Os irmãos Gomes estão deixando o PROS para o PDT, pois, segundo Cid, há um “desconforto geral” com a condução da atual direção nacional do PROS. Eles ingressaram no PROS em 2013, após se desentenderem com o então presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que rompeu a aliança com o PT para lançar candidatura própria ao Planalto em 2014. A ida para o PDT será a quarta mudança de legenda dos Gomes, que, desde 1990, já foram filiados a PSDB, PPS, PSB e PROS.
Fonte: O Povo Via Jornal dos Municípios