Ceará registra queda de 44% na mortalidade materna

O Ceará registrou a redução de 44% no número de casos de mortalidade materna em 2011, a maior queda entre os estados brasileiros. De janeiro a setembro de 2011, o estado contabilizou 40 óbitos de mulheres decorrentes de complicações na gravidez e no parto, 31 casos a menos em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, dos 114 óbitos investigados no estado, 56 (49.1%) foram decorrentes de causas obstétricas diretas; 46 (40.4%) de indiretas; 9 (7.9%) não obstétricas e 3 (2.6%) não especificadas.
Além disso, ainda de acordo com a Secretaria, a principal causa de morte, representando 32.1%, é a doença Hipertensiva Específica da Gestação, sendo a eclampsia, pré-eclampsia e a hipertensão materna não especificada as principais patologias. Em segundo lugar, aparecem as Síndromes Hemorrágicas Ante e Pós Parto, contribuindo com (21.4%) dos óbitos, seguido das infecções puerperais (10.7%) e o aborto (7.1%).

Já os óbitos obstétricos indiretos tiveram as doenças do Aparelho Circulatório (30.4%) como principal causa, seguidas de outras indiretas (23.9%) e Hipertensão Pré-natal Crônica (6.4%).

Melhorias desde 1990
Segundo o Ministério da Saúde, o Ceará acompanha a tendência de queda detectada no Brasil em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. No Brasil, entre janeiro e setembro do ano passado, foram registrados 1.038 óbitos maternos, o que representa redução de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas.

Ainda de acordo com o Ministério, de 1990 a 2010, o indicador caiu à metade: de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. No período, houve diminuição em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%).

Rede Cegonha no Ceará
Para melhorar o atendimento à gestante e reduzir ainda mais o número de óbitos maternos, o Ministério da Saúde vai intensificar ações da Rede Cegonha no Estado. Lançada em março do ano passado, a Rede Cegonha já destinou investimentos federais R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. O estado de Ceará já finalizou o processo de adesão à Rede Cegonha e 15 municípios cearenses devem receber recursos para atendimento pré-natal na portaria que será publicada em junho.

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