Os últimos acontecimentos políticos são provas incontestes de que alguma coisa está mudando neste país.
A troca de Ministros, a cassação de prefeitos, vereadores, governadores, deputados está estampada todos os dias nas primeiras páginas da imprensa nacional extraídas dos diversos meios de comunicação, com fontes de sites do Judiciário.
Com a agilidade da mídia com o advindo da internet os fatos ganham visibilidade instantânea e o cidadão comenta na padaria, na rua, ou no boteco logo no primeiro gole de cerveja; ou nas famosas mesas da democracia...
O “buxixo, fuxico, bizú ou mesmo algumas especulações” está criado, aí ninguém...
Com todos os males que ainda corroem o nosso Judiciário sempre tem alguém dentro da sua toga que ainda crê na Justiça dos Homens e zelam pela impunidade.
Mas, mesmo sendo o Poder que tem a balança e a espada nas mãos, a venda nos olhos tem feito vista grossa dentro da própria cozinha e vez por outra estouram escândalos envolvendo magistrados da alta Corte, com salários avantajados, benesses proibidas aos leigos e vantagens acumulativas de encher os olhos (os bolsos) e que são negadas aos pobres mortais.
Há quem diga que nesta área não é bom dar palpites sob pena de pena de morte. Afinal este poder manuseia a pena, que sem dó penaliza os que abusam dos atos ou fatos.
O Poder Executivo, gestor praticamente de todos os gastos públicos, vidraça constante dos zelosos com o dinheiro nosso, está como primeiro alvo na mira da Justiça.
Os espertinhos constantemente são flagrados por câmeras indiscretas que nem mesmo dinheiro na cueca passa despercebido.
O bichinho do rói-rói coça no bolso, aguça a gula, põe venda nos olhos e a mão boba entra no cofre de maneira sorrateira na busca do alimento preferido dos gananciosos: o “ginja”. Nessa hora ele se faz de “moco”, sonso, cego e surdo para não ser despertado do seu sonho milionário.
O povão, lá fora, implorando um pedaço de pão, uma cartilha do A B C, uma oportunidade de trabalho em um mundo de carência, fica a vê navio, na ponta dos cascos, mendigando benfeitorias públicas, transparência administrativa e respeito social. O pouco que ele consegue são promessas, principalmente se o ano é de eleição como este. Que se dane o coitado, quem mandou nascer só para pedir.
O Poder Legislativo, também, criado para legislar e fiscalizar o Executivo às vezes pisa na maionese, escorrega nas Emendas, tira uma “beiradinha” daqui outra dali, cai na lábia do Executivo por meia caneca de chá e se complica nos finalmentes.
Estes três Poderes, harmônicos só na Constituição, brigam por migalhas e se matam por tudo que se torna fácil de ser surrupiado.
Cada um prega moralidade quando se defrontam e pecam na imoralidade quando se distanciam. É cada um pra si e que ninguém saiba do que acontece por trás das cortinas.
Só que os Três Poderes não contavam com um Quarto que ganhou terreno, ganhou credibilidade, fuça mais que porca em bananal e está desnudando muita gente, aparentemente intocáveis nas suas vestes e ações para ir parar atrás das grades.
A sentença deste Poder, não é proferida nos Tribunais, nos Júris, nas Cortes Supremas. Ela aparece no café da manhã, no folhear do jornal. No Bom Dia da emissora de TV. No Plantão do Rádio e mais rapidamente na telhinha do computador pela internet ágil e eficaz, mídias alternativas...
Estou falando da Imprensa, este Poder que está abrindo os olhos do povo até para escolher o melhor candidato político como para divulgar o deslize desde mesmo político quando ele sai da linha.
O Poder da mídia dá calafrio nos sonegadores. Dá arrepios nos fraudadores. Dá medo nos corruptos e aterroriza os que pisam fora do caco.
Este Poder ganhou respeito da sociedade e os outros três passaram a respeitá-lo, sob pena de aparecer na mídia expondo podres que se escondem nos porões sombrios destes feudos.
Ainda bem que a Mídia tem o Poder de poder ter poder de voz, de vez e por que não dizer de polícia para prender. (Desculpem a repetição de palavras; mas ajudar na interpretação).
Este é o Quarto Poder, que investiga, denuncia e divulga.
Pensar no Brasil sem este Poder, não quero nem pensar.PSO