Por Edison Silva
Conselheiro Ernesto Saboia diz que é preciso abrir a Caixa Preta da Etice e fiscalizar o Cinturão Digital. Foto: Ascom/TCE-CE
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspenderam, nesta terça-feira (23), por unanimidade, um contrato suspeito de R$ 419 milhões de reais, sem licitação, para uma empresa cuidar da “Gestão Inteligente de Mobilidade e Fiscalização Fazendária, aderente ao Edital de Pré-qualificação Permanente de Serviços em Nuvem”. O voto do conselheiro Ernesto Saboia duvidou da seriedade do processo dirigido pela Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE).
Segundo ele, é “preciso abrir essa caixa preta” da ETICE, o que tem nesse orçamento secreto? Sendo secreto não se pode fiscalizar, mas precisamos fiscalizar. O Cinturão Digital é outra coisa esquisita, que tem muita coisa a se fiscalizar, mas isso fica para outro momento, disse Ernesto Saboia.
A ETICE, de alguns meses para cá, tem sido o órgão do Governo do Estado do Ceará, mais citado por políticos por ações não republicanas. Tem gente comparando-a à Superintendência de Obras, quando comandada por Quintino Vieira, recentemente exonerado pelo governador Elmano, após declarações do ex-governador Ciro Gomes, de que ela só fazia obras com pagamento de propina.
A ETICE, uma empresa estadual deficitária, presta serviços milionários as várias secretarias do Estado, todos, sem licitação.