O pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza concedeu entrevista à Rádio O Povo CBN nesta sexta-feira (26), quando falou sobre uma possível aliança com Fernandes e com o senador Eduardo Girão.
Por Felipe Barreto
Ex-deputado federal Capitão Wagner e deputado federal André Fernandes, ambos pré-candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Fotos: Natinho Rodrigues e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O ex-deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), afirmou que há conversas com o deputado federal e também postulante ao Paço Municipal, André Fernandes (PL), sobre a possibilidade de retirada de candidatura de um dos dois nomes da direita para a definição de apoio àquele que esteja melhor situado nas pesquisas. Em entrevista à Rádio O Povo CBN nesta sexta-feira (26), Wagner destacou que o senador Eduardo Girão (Novo) é outro nome que pode ser incluído em uma possível aliança ampla da direita em Fortaleza.
De acordo com o presidente do Diretório Estadual do União Brasil no Ceará, ainda vai passar “muita água debaixo da ponte” para que já haja uma definição que una o grupo da direita. “As convenções são apenas em julho, podem ser até o dia 5 de agosto”, disse. “Se a minha [candidatura] enfraquecer, a gente poderia retirar para apoiar [o André Fernandes]. Isso dá uma demonstração que o cenário ainda não está completamente definido”, destacou.
Segundo Wagner, no entanto, sua principal diferença para os demais postulantes da direita em Fortaleza é o conhecimento da cidade. “Não quero desmerecer os outros candidatos [da direita], pelo contrário, quero unir esse campo para a gente ir para a eleição com mais tranquilidade. Mas é muito claro que quem melhor conhece a cidade de Fortaleza, de todos os candidatos, acredito que sou eu”.
SEM ENTRAR NA POLARIZAÇÃO
Como ocorreu na última disputa eleitoral que Wagner disputou para o Governo do Estado em 2022, para o pleito deste ano ele deve tentar fugir da polarização entre os apoiadores do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao OPINIÃO CE, no entanto, o postulante já afirmou que não descartaria o apoio de Bolsonaro em um possível segundo turno. “Todo apoio é bem-vindo”, afirmou ele.
Já sobre uma possível aliança com o prefeito José Sarto (PDT), durante a entrevista desta sexta, o presidente do União Brasil Ceará afirmou que “essa conta”, a respeito de uma aliança da direita com a gestão do pedetista, deve ser posta para o PL. “Acho que o Raimundo Gomes de Matos é até hoje filiado ao PL, não ao União Brasil, tem que colocar na conta do PL. Essa aliança não é comigo. Respeito o prefeito Sarto, o Evandro Leitão, o André, todos os meus adversários, mas não venham colocar na minha conta“, disse.
O ex-deputado federal Gomes de Matos foi candidato a vice da chapa de Wagner em 2022. Atualmente, no entanto, ele é o presidente da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci) da gestão de Sarto em Fortaleza.
“Tem que questionar o PL se eles são ou não aliados do Sarto. O União Brasil é adversário, não é inimigo. Até porque, se a gente for para o segundo turno, a gente vai precisar compor para poder ganhar a eleição e vai precisar compor também para gerir a cidade, uma cidade complexa”.