Lula deu posse a novos ministros para incluir Republicanos e PP no governo. Suplentes, que assumem no lugar, se descrevem como políticos conservadores e não devem integrar a base.
Por Ricardo Abreu, João Paulo Machado
Os suplentes dos novos ministros, no entanto, não devem engrossar esse cálculo: Ossesio Silva e Allan Garcês se definem como conservadores e bolsonaristas e, por isso, devem se juntar às alas de oposição das duas siglas. Imagem reprodução.
Ao empossar os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como ministros, nesta quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu espaço na Câmara para que os suplentes dos parlamentares assumam os mandatos.
A reforma ministerial do governo tem como objetivo principal atrair os votos do PP e do Republicanos, siglas do chamado Centrão, para pautas de interesse do governo.
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Reportagem: Planalto confirma deputados André Fufuca e Silvio Costa Filho como novos ministros
Médico bolsonarista na vaga de Fufuca
No lugar de Fufuca, assume o mandato o médico Allan Garcês (PP-MA). Em uma rede social, Garcês se define como "direitista conservador", "armamentista", "cristão" e "patriota".
Em 2022, o médico obteve 18.114 votos no Maranhão e ficou como suplente – o PP elegeu André Fufuca (135.078 votos) e Amanda Gentil (108.699).
No último domingo, Garcês postou um vídeo se apresentando ao público, antes de assumir o mandato. Na publicação, ele negou que pretenda se aliar a Lula.
"Fiquem tranquilos, não irei desonrar você, irei representá-los com honra e glória. Continuo conservador, direitista e bolsonarista. Serei Brasil e Maranhão. O que for para o bem do povo brasileiro e maranhense terá meu apoio", disse.
Publicação de Allan Garcês, suplente de André Fufuca, em rede social — 📷: Instagram/Reprodução
Pastor bolsonarista substitui Costa Filho
No Republicanos, a vaga de Silvio Costa Filho será ocupada por Ossesio Silva.
Ele é bispo da Igreja Universal Reino de Deus e chegou a ser eleito deputado federal por Pernambuco em 2018. Em 2022, não conseguiu a reeleição e ficou como suplente, tendo recebido 72.164 votos.
No segundo turno das eleições do ano passado, Ossesio pediu voto para Raquel Lyra (PSDB), que se elegeu governadora, e para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não conseguiu a reeleição.
“Amanhã eu voto pela família, pela educação e em defesa da fé. Eu voto em Raquel Lyra e Jair Bolsonaro”, disse em uma postagem em rede social.
Publicação de Ossesio Silva, suplente de SIlvio Costa Filho, em rede social — 📷: Instagram/Reprodução
UMA FOTO VERGONHOSA