'Um ano de escuridão no Afeganistão', diz Malala sobre poder do Talibã no país árabe

No primeiro aniversário dos talibãs sobre o poder do Afeganistão, a jovem Malala Yousafzai se pronunciou nas redes sociais dizendo que hoje completava "um ano de escuridão" no país.


Integrantes do Talibã desfilam por ruas de Cabul com armas para festejar o primeiro ano do regime no poder do Afeganistão, em 15 de agosto de 2022. — Foto 👆: AFP

"Faz um ano que homens e mulheres afegãos têm que abandonar seus sonhos. Nós devemos continuar a elevar suas vozes para que os líderes muçulmanos e mundiais não possam mais desviar o olhar", disse Malala.

Para ela, o povo afegão não desistiu e nem irá desistir de restaurar a liberdade e a dignidade do país.

Ela pediu também para que esse seja o último aniversário dos talibãs no poder do país.

"Que no próximo ano estejamos comemorando e celebrando um governo eleito que permita que todas as mulheres e as garotas cheguem no seu potencial pleno", pediu ela.

Malala e os talibãs

Malala, baleada aos 15 anos por lutar pela educação de mulheres, se forma em Oxford — Foto 👆: Redes Sociais

A história da Malala é diretamente ligada ao grupo Talibã. Com 15 anos ela foi baleada na cabeça por lutar contra uma ordem do grupo que determinava a ausência de mulheres nas escolas do Paquistão (país onde ela nasceu e viveu).

Por conta da situação, Malala ficou reconhecida internacionalmente e iniciou um movimento de briga para aumentar a presença de meninas e mulheres nas escolas e faculdades de todo o mundo.

Devido ao movimento, Malala lançou sua autobiografia onde fala sobre suas experiências e vivências. O trabalho ainda foi premiado com um prêmio Nobel da Paz, em 2014.

g1

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