Armas para quê?

Desde a assunção do presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, em Brasília, que temas polêmicos agitam as massas cujo objetivo é tão-somente desviar a atenção da maioria das discussões que realmente deve ter mais destaque, como a economia, saúde, educação, emprego e renda, por exemplo.

Um dos mais polêmicos refere-se à discussão sistemática liderada inclusive pelos filhos do Presidente da República para flexibilizar a Lei 10.826/03 que trata do sistema nacional de armas, dando mais fácil acesso ao cidadão comum para comprar armas e não tê-la somente em casa, mas para portar em automóveis, na cintura, em festas, restaurantes, etc. 

Frases de efeitos são adotadas para aumentar a pressão para esse fim, como se a saída para conter a grave onda de violência que há décadas tem crescido em nossa federação, principalmente no Estado do Rio de Janeiro que existe em funcionamento uma verdadeira indústria o ano inteiro de produção de facções, milícias, passando também pelos bandidos do colarinho branco. 

As estatísticas comprovam facilmente que o cidadão comum armado, sem experiência e sem condições psicológicas para enfrentar uma reação em face de um meliante em curso de uma ação criminosa é de alto risco e sempre com prejuízo até mesmo do custo de sua própria vida.

Mas o estado, no sentido latu sensu, não se encontra presente com mais eficiência para defender o cidadão simples do povo diante da violência cotidiana. Esse é o argumento utilizado para a defesa dos armamentistas. 

Os mesmos armamentistas que exibem armas em festas, em jogos, em qualquer peleja seja pra qualquer tema. São os mesmos também que, sem civilidade, saem por aí atirando nas placas de sinalização de nossas rodovias em todo o Brasil. É comum vermos esses equipamentos de trânsito bastantes avariados por nossas estradas.

Na verdade, o medo de um mal, pode nos causar um mal maior; e sobre essa discussão de amalucados, como costuma afirmar o engenheiro agrônomo Juscelino Leandro do Icó, ainda prefiro livros e não armas.

Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista 

 O texto acima expressa a visão de quem o escreveu. Não necessariamente a de nosso portal.

Opinião

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