Presidente da cooperativa de Táxi Amigo teme 'derramamento de sangue' em Fortaleza

Presidente de cooperativa denuncia que taxistas oficiais estão andando armados, para coagir carros não legalizados

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  • A disputa entre taxistas, táxis piratas e motoristas do aplicativo de corridas Uber pelo mercado de transporte de passageiros em Fortaleza está cada vez mais acirrada. Em 15 dias de funcionamento do serviço, diversos ataques por parte de taxistas a motoristas dos dois grupos concorrentes estão sendo denunciados em redes sociais. A quebra de braço virou uma verdadeira guerra.

    Em entrevista ao Tribuna do Ceará, o presidente da Cooperativa de Táxis Amigos de Fortaleza, Edmilson Rodrigues, disse que a guerra dos taxistas oficiais não se aplica somente ao Uber. Segundo ele, motoristas de “Táxis Amigos” também estão sendo alvos. “A cidade está virando uma verdadeira zona de guerra entre os taxistas e os táxis alternativos. Qualquer suspeito eles estão atacando. Eu peço que filme e tire fotos, pra que a gente tenha provas e faça registros policiais”, sugeriu Edmilson.

    Na tentativa de uma solução sobre o caso, Edmilson tem pauta com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. “Nós vamos pedir a legalização do Táxi Amigo em Fortaleza. Além disso, vamos levar essa problemática de ataques para o debate. Ele tem que tomar alguma atitude. Os taxistas estão querendo ser policiais, e isso não pode acontecer”, ressaltou o presidente da cooperativa.

    Um motorista de Táxi Amigo, que não quis se identificar, relata momentos de terror e medo de trabalhar. “Grande parte dos motoristas estão com medo de trabalhar. Os taxistas estão atacando principalmente em shows, e próximo ao Centro Dragão do Mar. É porque muita gente não divulga, mas todo dia eles estão perseguindo Táxis Amigos pensando que são Uber. E boa parte deles estão armados”, explicou.

    Ataques
    Preocupado com a situação, Edmilson teme que não haja nenhuma atitude a fim de prevenir ataques. “É preciso que a Prefeitura de Fortaleza tome alguma iniciativa, pois é bem provável que haja uma guerra civil em Fortaleza”.

    Para o representante da cooperativa, em relação ao homem morto após grave acidente em Fortaleza na noite desta quinta-feira (19), ainda não é possível afirmar se ele seria um motorista de Táxi Amigo ou Uber. Até a manhã desta sexta-feira, ainda não havia a confirmação. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), nenhuma queixa policial sobre o acidente envolvendo o possível motorista do Uber foi registrada.

    Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas de Táxis do Ceará, Vicente de Paula, a orientação é para que os profissionais não reajam com violência caso suspeitem que tal veículo se trata de um carro irregular. Ele desconhece que taxistas andem armados pela cidade.

    “Nossa orientação é que os profissionais não façam agressões violentas. Na verdade, o sindicato informa que ao identificar um táxi clandestino é preciso anotar a placa, tirar fotos do carro e encaminhar essas informações para a Etufor (Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza)”, informou.

    Em nota, a assessoria de comunicação do aplicativo Uber informou que “A missão é oferecer um modo eficiente para que os cidadãos se movimentem nas cidades, ao mesmo tempo em que criamos oportunidades de gerar renda para motoristas parceiros”. Além disso, ressaltou que “é inaceitável o uso de qualquer tipo de violência”. “Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente”.

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