EU NÃO SOU CHARLIE...


O tema principal na mídia internacional é o ato terrorista de autoria da ala radical do Islamismo, perpetrado contra o jornal francês Charlie Hebdo, onde o mesmo fazia críticas através de charges onde, em nome da liberdade de expressão, os cartunistas de lápis em punho não respeitavam nada e ninguém, usando o direito de se expressar livremente...

A “Liberdade de expressão” é o direito de manifestar livremente opiniões, idéias e pensamentos, base para os formadores de opinião. Esse conceito é fundamental para garantir que nos países democráticos a censura não seja uma arma poderosa que venha impedir o livre direito das pessoas se utilizarem por quaisquer meios, sem nenhum empecilho o seu direito a liberar seu pensamento livremente. 

Voltando ao atentado de Paris, sem tentar maquiar aquela realidade, não resta a menor dúvida que aquele ou qualquer outro atentado deve ser considerado absurdo, covarde e lamentável. Mas vamos ser honestos e usando da minha liberdade de expressão eu afirmo que “O jornal Francês procurou sarna pra se coçar” - Pois que diz o que quer, ouve o que não quer... Foi mais ou menos o que aconteceu. O protesto na França e no mundo pós-ataque volta-se contra o obscurantismo de extremistas religiosos que se julgam no direito de matar quem insiste na liberdade de expressão, no direito de crítica, de ironia e sátira. Neste aspecto, Charlie Hebdo era eclético: debochava de tudo e de todos. Sem poupar religiões.

Segundo o jornalista Gael Legras, do Canal +, católicos, judeus e muçulmanos era sempre o principal alvo desses jornalistas. “Eles tinham a tradição de anti-clericais, ou seja, eram pessoas profundamente laicas, e, em sua maioria, ateias”, diz Gael.

Desrespeitar religião, pessoas com intuito de desmoralizar achando que atos insanos são considerados "humor" pode ter um preço muito alto. Os jornalistas franceses assassinados pelos extremistas não mereciam morrer, mas sabendo como são os extremistas, mexem com vespeiro e depois reclamam.

"Liberdade de expressão" precisa ser de forma a “respeitar igualmente o outro, pois tudo tem seus limites, atacar o outro gerando ódio fere o direito ao respeito.

Segundo a Constituição brasileira, no Art. 5º, inciso VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias, e a aceitação dos diferentes tipos de religião existente no mundo e na sociedade.

O Código Penal Brasileiro, Art. 208 afirma: Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

A França tem como lema a liberdade, fraternidade e igualdade, então reproduzindo uma mensagem de Allan Kardec, um conhecido e famoso Francês ele disse;  "A liberdade é filha da fraternidade e da igualdade. Os homens que vivam como irmãos, com direitos iguais, animados do sentimento de benevolência recíproca, praticarão entre si a justiça, não procurarão causar danos uns aos outros e nada, por conseguinte, terão que temer uns dos outros. A liberdade nenhum perigo oferecerá, porque ninguém pensará em abusar dela em prejuízo de seus semelhantes..." - Allan Kardec

Falam muito dos cartunistas e jornalistas mortos, mas não se comenta na imprensa internacional, os policiais, os reféns e as pessoas que estavam no caminho dos terroristas que também foram mortos neste ato terrorista que aconteceu na frança e que ocorreu justamente na “prestação de contas” com os cartunistas e jornalistas. 

A policial Clarissa, Michel Renaud, visitante
Frédéric Boisseau, zelador
Ahmed Merabet, policial
Franck Brinsolaro, policial e guarda-costas.
No mercado – Yoav Hattab 21 anos estudante,
Philippe Braham trabalhava com tecnologia da informação,
Yohan Cohen estudante e François-Michel Saada aposentado. Será que a vidas dessas pessoas é menos importante que os cartunistas e jornalistas que usavam da liberdade de imprensa para atacar os costumes, as religiões e crenças dos católicos, judeus e muçulmanos. 

VAMOS NESSA: Eu ainda acho que a Europa toda levantando a "bandeira" com o slogan: JE SUIS CHARLIE (traduzido - Eu sou Charlie); isso poderá desencadear uma onda de terrorismo na Europa, pois em outras palavras, dizem que estão de acordo com o que os diretores mortos faziam ou pensavam na redação do CHARLIE HEBDO em relação as charges. Que a liberdade de imprensa foi atacada eu concordo; mas devemos também respeitar todas as religiões, crenças e costumes... Podemos ver a noção do perigo, quando o Jornal alemão que publicou charges do Charlie Hebdo foi incendiado neste domingo (11), na cidade de Hamburgo. Sou imprensa, luto pela democratização das comunicações, mas também tenho ética no meu trabalho. 

"Lamento profundamente o que aconteceu com essas pessoas na França; MAS EU NÃO COMPACTUO COM AS CHARGES DA Charlie Hebdo" - Neste aspecto "JE NE SUIS PAS CHARLIE" ("Eu não sou Charlie")

Colaboração: Sandro Guimarães

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