Vasco age para afastar Diego Souza do rótulo de vilão

Cruz-maltinos lamentam chance perdida, mas afirmam que camisa 10 não pode ser considerado culpado por eliminação da Libertadores

Protagonista da chance mais clara de gol dos dois confrontos com o Corinthians, Diego Souza deixou o Pacaembu sem conceder entrevistas depois de falar à beira do campo. Mas após a derrota por 1 a 0 que determinou a eliminação da Libertadores, foram seus companheiros de Vasco quem saíram em defesa do camisa 10. Embora não tivessem como negar que tratou-se de uma oportunidade inigualável, a opinião foi de que ela não foi determinante para o resultado.

Maior artilheiro da história do Vasco, Roberto Dinamite falou como ex-atacante e atual presidente do clube. Segundo ele, Diego Souza não pode ser considerado vilão.


- Costumo dizer que eu não perderia aquela chance porque não estava em campo. Se estivesse, poderia perder também. Lógico que você quando assiste pensa uma coisa, e o jogador no campo pensa outra. Ele tentou tocar, o goleiro, que é grande, saiu e impediu o gol. Isso é o futebol. Não tem como culpar o Diego. Ele ajudou muito o Vasco em conquistas e vitórias. Mas claro que todo mundo fica chateado, até pelo talento dele, que poderia ter definido o jogo naquele momento - observou Dinamite.
Diego Souza finaliza, mas o goleiro desvia para escanteio e avita o gol cruz-maltino (Foto: Agência AP)

Para Cristóvão Borges, a derrota e a desclassificação do Vasco não podem ser resumidas ao gol perdido por Diego Souza. O treinador lembrou que as cabeçadas de Nilton e Romulo foram outras oportunidades desperdiçadas que poderiam dar a vitória ao time.

- Foi um confronto equilibrado e com poucas oportunidades de gol. Assim, todos sabiam que venceria aquele que conseguisse concluir bem. As chances que apareceram eram a bola do jogo, e o Corinthians soube aproveitar melhor do que nós. O jogo não foi decidido naquele momento. Além disso, o Diego não sentiu o golpe. Inclusive, fez uma grande partida. E assim como perdeu, já fez gols importantes. Acontece com qualquer um - explicou.

Da parte dos jogadores, coube a Eduardo Costa sair em defesa do companheiro, negando que tenha havido displicência do camisa 10 ao chutar.

- Ele bateu do jeito que tinha que bater. Não se pode dizer que errou o chute. Chutou rasteiro, onde é mais difícil para o goleiro, que fez grande defesa. Em seguida, o Nilton cabeceou e a bola foi no travessão - lembrou o volante.

Diego Souza se defendeu na saída de campo, e atribuiu os méritos do lance ao goleiro do Corinthians.
- Tive a chance, escolhi a melhor opção na hora, tirei bem, mas o goleiro deu um toquinho na bola e acabou salvando o jogo - analisou.

Por Gustavo Rotstein 
São Paulo

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