Líder do Governo Elmano na ALCE rebate e diz que gestão estadual tem valorizado os policiais, reforçado o setor de inteligência e investido na compra de equipamentos, armas e viaturas
Por Igor Cavalcante, igor.cavalcante@svm.com.br
PONTOPODER
Presidente da Câmara de Vereadores de Fortaleza, Gardel Rolim (PDT). 📷 Ismael Soares
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Gardel Rolim (PDT), criticou a gestão do Governo Elmano de Freitas (PT) na segurança pública. O pedetista, que lidera uma iniciativa para levar vereadores e servidores do Legislativo municipal para os bairros de Fortaleza, diz que a área é a que acumula mais insatisfações na Capital.
O Poder Executivo do Estado indicou o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Romeu Aldigueri, para rebater o vereador. O parlamentar estadual minimizou a análise de Gardel e ressaltou que Elmano tem investido para melhorar a segurança dos cearenses.
SEGURANÇA
Gardel Rolim concedeu entrevista aos editores de Política do Diário do Nordeste, Jéssica Welma e Wagner Mendes, na live do PontoPoder desta quinta-feira (16).
Segundo o vereador, por meio do projeto “Meu bairro, nossa Câmara”, que leva os parlamentares a todas as regionais, é possível ouvir as prioridades da população. “A espinha dorsal dessa iniciativa são os ouvidores, que ficam fazendo a escuta entre os populares, entendendo os problemas (...) e a população tem reconhecido, falado das prioridades dos bairros”, comentou.
O presidente do Legislativo municipal explicou que essas informações são compiladas em relatórios e repassadas aos parlamentares para nortear os trabalhos na Casa.
“Infelizmente, o que temos percebido é que a insegurança pública é a principal demanda. As pessoas reclamam muito e temos ouvido relatos tristes e assustadores: mães que não conseguem levar o filho em um posto de saúde porque a facção não permite; pessoas que precisam atravessar um bairro para trabalhar e são ameaçadas; meninos que não podem ir à escola do outro lado da rua porque é território de outra facção, então esse é o maior problema”, contou.
“APAGÃO”
Questionado sobre o que os vereadores têm feito sobre isso, o presidente da Câmara reclamou da falta de diálogo com o Estado, responsável pela segurança pública.
“Lamento até dizer, mas não conseguimos ver um plano, um projeto. Digo isso com certa frustração, mas qual o plano? Qual o projeto para a segurança pública do Ceará?”, perguntou.
“O que me parece é que temos um apagão nessa área da segurança pública, não há projeto nem para falhar. Se olharmos para trás, em 2007 ou 2008, o governador Cid Gomes tentou resolver com o Ronda do Quarteirão. Ele fez um grande esforço, comprou novas viaturas, colocou novos policiais com outra formação e, em um primeiro momento, deu uma certa resposta. Depois, o Camilo Santana criou o Ceará Pacífico, que tentou integrar as políticas públicas e depois fracassou, hoje, não temos notícia do Ceará Pacífico. E, hoje, não temos um plano, uma ideia, nada”
O presidente da Câmara dos Vereadores de Fortaleza disse que fica de “mãos atadas”. “Nós vereadores, que estamos nos territórios e escutamos essas demandas, recorremos a quem? Fazemos o quê? Ninguém é capaz de nos dizer: ‘olha, pelo menos estamos pensando em fazer isso’. Nem estou aqui cobrando a solução do problema, porque sei que é difícil, gostaria de ver um projeto, um plano”, concluiu.
ESFORÇOS
Procurado pela reportagem, o Governo Elmano informou que iria se pronunciar por meio do líder no Legislativo estadual, Romeu Aldigueri. Em nota, o político disse que “o governador não tem medido esforços nem investimentos nessa questão da segurança pública”.
“Recentemente, ele criou programas como o Meu Celular e Segurança no Ponto, além de investir na compra de equipamentos, armas e viaturas. Além disso, tem investido na valorização dos policiais e, principalmente, no serviço de inteligência”, ressaltou o deputado.
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Vamos nessa com Junior Pentecoste:
O líder do Governo Elmano na Alece diz que gestão estadual tem valorizado os policiais, reforçado o setor de inteligência e investido na compra de equipamentos, armas e viaturas.
Isso não basta se a polícia não tem o principal, que é o apoio institucional para a execução do serviço policial. O governo também deveria limitar as atribuições da CGD para que a polícia trabalhasse com mais eficácia.
INFELIZMENTE A INSEGURANÇA PÚBLICA NO CEARÁ É UMA REALIDADE PREOCUPANTE.