Milei toma posse, anuncia arrocho e o óbvio acontece: sua popularidade cai abaixo do volume morto

Recente pesquisa da consultoria Javier Miglino y Asociados mediu avaliação dos argentinos a respeito do novo presidente

Por Raphael Sanz

Javier Milei. Créditos: Reprodução/Redes sociais

Javier Milei tomou posse em 10 de dezembro como novo presidente da Argentina prometendo um arrocho generalizado que atingiria em cheio a população, especialmente os mais pobres. O recente ‘decretaço’ de Milei, redigido por advogados ligados a corporações transnacionais, permite uma série de desaforos econômicos contra a população, incluindo a possibilidade de um trabalhador ter seu salário pago em carne ou bananas ao invés de dinheiro. Esse contexto, é claro, não agradou os argentinos.

Uma recente pesquisa realizada pela consultoria Javier Miglino y Asociados aponta os efeitos desse desastroso início de governo: a popularidade de Milei caiu e apresenta índices péssimos para o prosseguimento do seu mandato. Novas rodadas de protestos certamente o aguardam.

A consulta entrevistou 5150 argentinos entre 10 e 23 de dezembro, buscando mapear a avaliação que o povo faz desse começo de novo governo. Entre os entrevistados, 37% mostraram satisfação com a atual gestão, enquanto 63% a desaprovam. A margem de erro é 2 pontos percentuais.

O índice é avassalador. No Brasil, por exemplo, o desastroso Governo Bolsonaro terminou com reprovação em 37% de acordo com o Datafolha, tendo atingido seu pico de rechaço em dezembro de 2021: 53%.

"Por mais que os 4 meios de comunicação e seus satélites provincianos digam que tudo vai bem, as pessoas estão tristes e pela primeira vez desde 1810 não tivemos Natal. A mentira e a bravata na campanha são toleráveis. A mentira e a bravata como forma de governo, não", escreveu Javier Miglino, diretor da consultoria que promoveu a pesquisa.

Revista Forum

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