Para militares, Bolsonaro e ala política do governo querem forçar Silva e Luna a pedir demissão da Petrobras

Integrantes do governo, políticos e militares, afirmam ao blog que, se Bolsonaro demiti-lo em meio às discussões sobre o reajuste dos combustíveis, seria um sinal ruim para o mercado e empresários.

General Joaquim Silva e Luna — Foto: JN

Militares aliados do presidente da Petrobras, Silva e Luna, avaliam que as críticas de Jair Bolsonaro à estatal - além de ataques dos filhos do presidente à companhia - fazem parte de um movimento para pressionar Silva e Luna a pedir demissão.

Integrantes do governo - políticos e militares - afirmam ao blog que, se Bolsonaro demiti-lo em meio às discussões sobre o reajuste dos combustíveis, seria um sinal ruim para o mercado e empresários. Mas, por causa da pressão da política, Bolsonaro tem atacado a Petrobras em seus discursos - temendo efeito eleitoral do aumento no preço dos combustíveis.

Como não tem quem culpar, Bolsonaro elegeu como alvo Silva e Luna - mas militares amigos do presidente da Petrobras afirmam que não só ele não tem intenção de sair, como enxergam dificuldade para indicar um sucessor, hoje, que acalme o ambiente econômico.

Por ora, a estratégia do governo é manter a pressão para tentar "forçar a demissão" de Luna. Se isso não acontecer, o plano B é aguardar a reunião do conselho de administração da Petrobras, em abril, que vai eleger os novos conselheiros da estatal.

Paralelamente, a ala política do governo também pressiona Paulo Guedes a conceder já um subsídio para o diesel. Mas, a interlocutores, Guedes tem repetido que prefere aguardar os desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia para tomar uma nova decisão.

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O ministro não descarta, porém, decretar estado de calamidade se a guerra escalar e, aí sim, conceder subsídio para o diesel, como quer a política do governo.

Sobre Silva e Luna, Guedes repete nos bastidores que a gestão do presidente da estatal foi uma escolha pessoal do presidente da República - o seu nome, Roberto Castello Branco, foi demitido por Bolsonaro em fevereiro de 2021.

Na época, o presidente da República afirmou que não admitiria presidente de estatal que não tenha "visão de social" e elogiou Silva e Luna.

"O general Silva e Luna foi, não uma surpresa, mas uma realidade, tendo em vista do passado que nós conhecíamos a respeito. Estando a frente dessa estatal binacional [Itaipu], ele realmente a conduziu de forma ímpar, (...) Uma estatal, seja ela qual for, tem que ter a sua visão de social. Não podemos admitir uma estatal, um presidente que não tenha essa visão", afirmou Bolsonaro.

ANÁLISE: 

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 Disparada de preços: a Petrobras e a busca dos culpados pela alta do combustível

Por Andréia Sadi em seu blog no g1

Cobre os bastidores de Brasília para o Jornal Hoje (TV Globo) e na GloboNews. Apresenta o Em Foco (GloboNews) e integra o Papo de Política (G1)

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