Aliados de Bolsonaro defendem acelerar vacinação de crianças para reduzir desgaste do governo

Ministério da Saúde prevê começar vacinação ainda em janeiro. Aliados de Bolsonaro defendem vacinação de todo esse público com ao menos uma dose até março.

O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Depois da campanha aberta do presidente Jair Bolsonaro contra a vacinação de crianças, aliados dele passaram a defender que seja acelerada a imunização infantil. O objetivo: reduzir o desgaste de imagem provocado pelo próprio governo.

Segundo interlocutores de Bolsonaro, o ideal é que todas as 20 milhões de crianças entre 5 e 11 anos recebam a primeira dose até o início de março.

Aliados do presidente ouvidos pelo blog reclamam que o desgaste causado pela campanha contra a vacinação das crianças já começa a atingi-los também.

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Um desses aliados disse, reservadamente, que seus eleitores têm feito questionamentos sobre como ele ainda apoia um governo que prejudica a saúde da população brasileira, colocando em risco as crianças.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, promete começar a vacinação das crianças ainda em janeiro (veja no vídeo do JN aqui), mas a dúvida é se o governo conseguirá imunizantes suficientes para vacinar todo esse grupo, estimado em 20 milhões de crianças, até o mês de março.

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Por isso, aliados querem que o governo faça negociações com a Pfizer e busque outros imunizantes para garantir uma dose aplicada antes do início das aulas deste ano.

Caso o governo continue "jogando apenas para a própria plateia", líderes governistas avaliam que, no reinício dos trabalhos do Congresso, começará um debate na base aliada sobre manter ou não o apoio ao presidente da República.

A avaliação atual, segundo líderes governistas, é que na região Nordeste, por exemplo, aliados de Bolsonaro já começam a trabalhar com um cenário de apoiar outros candidatos à Presidência da República e a governos estaduais, que fazem oposição ao Palácio do Planalto.

A rejeição ao presidente só tem aumentado entre nordestinos, principalmente diante da postura negacionista de Bolsonaro.

G1 - Política


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