Fiesp pagou o golpe e já colhe os resultados...

Temer promete a Skaff que não vai aumentar impostos e nem propor CPMF

presidente da Fiesp, Paulo Skaf, concedendo entrevista
Após um encontro que durou cerca de seis horas no Palácio do Jaburu, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse neste domingo, 24, que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se mostrou contrário ao aumento de impostos, mas evitou firmar compromissos até que ocorra a votação do impeachment no Senado.

“Ele não é a favor de aumento de impostos e respeita muito esse processo. Ele se reserva sempre de que é preciso aguardar a conclusão do processo no Senado. Mas é natural que, considerando a aprovação na Câmara e o tempo que tem para a aprovação no Senado que ele ouça ideias, propostas e converse com as pessoas”, disse.

Segundo Skaf, Temer escutou as propostas da federação, que incluem a realização de um ajuste fiscal sem que haja aumento de impostos.

“Em hipótese nenhuma (apoiaríamos uma nova CPMF). Acreditamos e sabemos que é possível fazer o ajuste fiscal, é possível acertar as contas do governo na mão das despesas, reduzindo desperdícios, de forma a equilibrar”, afirmou o presidente.

Segundo ele, só haveria uma forma de aumentar a arrecadação, que seria a retomada do crescimento do País. “Essa, sim, aumenta naturalmente a arrecadação. Retomar o crescimento não é aumentando impostos”, disse.

Sem detalhar as propostas que apresentou a Temer, Skaf disse que “há formas de se ajustar as contas sem o aumento de impostos e sem o prejuízo de programas sociais”. Segundo ele, há espaço para uma melhor gestão de recursos pelo Governo Federal.

No último sábado, 23, Temer recebeu o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para chefiar a Fazenda caso o peemedebista assuma o poder.

Negociação
Skaf, que foi candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PMDB nas eleições de 2014, negou ter sido convidado para assumir um cargo em um eventual governo Temer, e disse que a composição de um novo gabinete não foi discutida na reunião.

Para explicar o grande número de reuniões que Temer tem feito nos últimos dias, Skaf disse que “é natural que ele ouça ideias, projetos, propostas e converse com as pessoas, se for considerada a aprovação na Câmara e o tempo que tem para a possível aprovação no Senado”.

Meireles quer indicar equipe econômica
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles foi sondado por Michel Temer no sábado sobre a possibilidade de comandar o Ministério da Fazenda caso o vice venha a assumir a Presidência da República. Meirelles teria respondido que aceitaria assumir a pasta, desde que pudesse dar a palavra final sobre todos os nomes da área econômica de eventual novo governo. Fazem parte dessa lista o Ministério do Planejamento e as presidências do Banco Central, do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa.

Nova conversa após votação no Senado
Temer disse que não pode fazer convites formais antes da votação final sobre a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado, o que está previsto para maio. Eles ficaram de voltar a conversar depois da decisão. A intenção de Meirelles seria blindar a área econômica para que ninguém atuasse em desacordo com a linha que ele viesse a adotar nem “conspirasse” contra ele se a situação viesse a se complicar. Temer precisa de um nome de peso na Fazenda para acalmar parte do empresariado, que começa a desconfiar da capacidade do peemedebista de montar uma equipe econômica que possa tirar o pais da crise. PovoOnline

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