PIMENTEL MIRA AÉCIO E FALA EM 'AUDITORIA COMPLETA'

Após 12 anos de governo tucano em Minas Gerais, com dois mandatos de Aécio Neves e um de Antonio Anastasia, o governador Fernando Pimentel, do PT, prometeu realizar um amplo trabalho para levantar, em 90 dias, os números completos do setor público em Minas Gerais; "Não se trata de uma mera auditoria de contas públicas. É algo maior e muito mais importante até. É uma explicitação do ponto de onde estamos partindo, como sociedade, em termos econômicos, sociais, de desenvolvimento e também, claro, das finanças", afirmou; famoso 'choque de gestão' tucano será posto à prova; Pimentel também prometeu reforçar conselhos regionais, para descentralizar a administração

Minas 247 - Ao tomar posse como novo governador Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT, sinalizou que irá colocar em novos termos a história do famoso 'choque de gestão' vendido pelos tucanos, que governaram o estado nos últimos doze anos, com os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Pimentel prometeu uma 'auditoria completa' nas contas do Estado. "Não se trata de uma mera auditoria de contas públicas. É algo maior e muito mais importante até. É uma explicitação do ponto de onde estamos partindo, como sociedade, em termos econômicos, sociais, de desenvolvimento e também, claro, das finanças", disse ele.

O novo governador também prometeu tomar, como primeira medida, a criação dos conselhos regionais de governo – uma de suas principais promessas, na campanha, foi a descentralização da gestão.

"A primeira medida será criar os conselhos regionais de governo. Serão conselhos populares em todas as regiões do Estado. Vamos mudar o conceito de governar. Não vamos governar trancados em gabinete, vamos governar ouvindo os mineiros", disse ele. "A interação, a conexão, a convergência e a colaboração não podem ser conceitos que existem em todos os lugares, na prática de todos, menos na prática dos governos. O nosso grande desafio é tirar o governo do isolamento, de uma política antiquada. Temos que abrir a administração, ouvir os mineiros, modernizar a plataforma social chamada governo."

Ele também falou sobre sua equipe, que buscou quadros em vários partidos. "A formação do secretariado obedeceu a um critério que buscou equilibrar representação política e competência técnica e profissional dos companheiros que foram indicados e escolhidos para ser secretários. Eu acho que ficou um secretariado muito equilibrado."

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:

Fernando Pimentel promete governo participativo em Minas Gerais

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Com a promessa de “uma Minas para todos os mineiros”, tomou posse na manhã desta quinta  (1º) o novo governador do estado, Fernando Pimentel. A cerimônia ocorreu na Assembleia Legislativa, de onde ele seguiu para a transmissão do cargo no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro. O governador assinou o ato de nomeação dos secretários e reafirmou, em discurso ao público, o compromisso de fazer um governo participativo.

“Todos os mineiros serão ouvidos. Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador. Soberano nessa terra é o povo que aqui habita. Cheguei aqui caminhando lado a lado com todos os mineiros. Vou fazer um governo mais próximo das pessoas, não um governo do eu, mas um governo de todos. As ruas sabem mais do que os gabinetes, todos queremos participar e todos vão influenciar nas decisões do governo. A forma de governo tem que ser contemporâneo, se reinventar, empoderar os únicos e verdadeiros donos do poder: os cidadãos e cidadãs de Minas Gerais”.

Fernando Pimentel recebeu o cargo de Alberto Pinto Coelho (PP), que foi eleito vice-governador em outubro de 2010 na chapa encabeçada por Antonio Anastasia. Ele assumiu o cargo de governador em abril, quando Anastasia deixou o governo para concorrer ao Senado. Pinto Coelho desejou sucesso à gestão de Pimentel. “O êxito do governo significa o êxito do nosso povo mineiro”.

Ao lado do vice-governador Antônio Andrade, o petista Fernando Pimentel venceu as eleições em primeiro turno, com 52,98% dos votos válidos, obtendo a preferência de 5,36 milhões de eleitores. O segundo colocado foi Pimenta da Veiga, candidato pelo PSDB, que teve 41,89%.

Entre os compromissos da campanha está a construção de mecanismos de participação popular no governo. Nesta terça-feira (30), o governador anunciou mudanças no organograma da administração, criando quatro secretarias: Recursos Humanos, como parte da política de valorização dos servidores; Desenvolvimento Agrário, para cuidar da agricultura familiar; Direitos e Cidadania, responsável pelos Direitos Humanos e Esportes, resultado do desmembramento da atual Secretaria de Estado de Esporte e Turismo.

A mudança também extinguirá o Escritório de Prioridades, que tem status de secretaria; a Ouvidoria-Geral do estado passa a ser subsecretaria vinculada à Secretaria de Direitos e Cidadania e a Representação do Estado em Brasília também perde o status de secretaria e se submete à Secretaria de Governo.

Pimentel é economista e iniciou a vida política nos movimentos estudantil e sindical na década de 1970. Perseguido pelos órgãos de repressão, chegou a viver na clandestinidade e foi preso na ditadura militar. Em 1993, foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte. Ele também ocupou a Secretaria de Governo, Planejamento e Coordenação-Geral da capital mineira.

Em 2000, Pimentel foi eleito vice-prefeito na chapa liderada pelo médico Célio de Castro, assumindo o cargo em 2003, após Castro sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), e se reelegeu em 2004 no primeiro turno. Em 2010, disputou a eleição para o Senado, mas perdeu para Aécio Neves, assumindo, em 2011, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Após as cerimônias, Pimentel seguiu para Brasília, onde acompanhou a posse da presidenta Dilma Rousseff.

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