Líder do PT, Wellington Dias (PT-PI), defendeu que o Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB), usasse sua competência constitucional para entrar com representação contra o presidente do STF por ter ferido a Constituição nas prisões dos réus da AP 470; no entanto, petista não teve aval da presidente Dilma Rousseff por temer choque entre os poderes; "Não posso fazer qualquer manifestação pública sobre as prisões para não criar uma crise institucional”, disse Dilma aos senadores
Em reunião com líderes da base aliada do Senado, com a presidente Dilma Rousseff, o líder do PT, Wellington Dias (PT-PI) defendeu que o Senado usasse sua competência constitucional para entrar com representação contra o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa.
Os petistas avaliam que Barbosa feriu a Constituição ao determinar a prisão dos condenados ao regime semiaberto em regime fechado, por não atender aos pedidos de cumprimento das penas no local do domicilio, e não está dar tratamento adequado a quem precisa de atendimento médico, como o deputado José Genoino (PT-SP).
Se o processo for aberto, ele pode resultar no impeachment de Barbosa, entre outras sanções ao presidente do STF. No entanto, o líder petista não teve o aval nem da presidente Dilma nem dos demais líderes presentes, por temerem mais um conflito entre o Legislativo e o Judiciário.
A presidente, no entanto, se disse preocupada com a situação de Genoino. Segundo ela, o médico Roberto Kalil, que a atende, fez um relato dramático de seu estado de saúde. “O Kalil me disse que o problema do Genoíno pode ser fatal. Mas eu não posso fazer qualquer manifestação pública sobre as prisões para não criar uma crise institucional. Essa é uma questão muito delicada”, disse Dilma aos senadores, segundo relato do líder do PP, senador Benedito de Lira (PP-AL). Brasil 247