Joaquim Barbosa é grosseiro, vingativo, arrogante, presunçoso, antipático, impiedoso e deslumbrado: ele é, em suma, o antibrasileiro.
A mídia tentou transformá-lo no oposto disso, mas felizmente a verdade se impôs. Não faz tanto tempo, publicações interessadas em promovê-lo disseram que sua máscara seria um dos destaques do Carnaval de 2013.
Ninguém as viu nas ruas.
Na última pesquisa de intenções de voto para 2014, Joaquim Barbosa foi lembrado por 0,5% dos ouvidos. Repito: meio eleitor em cada 100 citou JB. Perto dessa miséria de intenções, até Aécio parece uma potência.
Barbosa era uma grande esperança para a direita brasileira. Mas ele não pegou, simplesmente. Não aconteceu. Porque ele é a negação da alma brasileira.
Compare Barbosa com o recém-eleito prefeito de Nova York, Bill de Blasio. Este é um fato novo. Esmagou seu rival republicano nas eleições com uma campanha em que ele disse que Nova York não pode mais viver com tamanha desigualdade social.
Metade dos novaiorquinos são pobres ou perto disso. Há 50 000 pessoas sem teto na cidade que era vista como a capital do mundo.
Blasio disse: “Chega”. Estendeu a mão aos desvalidos. Sorriu aos islâmicos, tão discriminados – e tão espionados — depois do Onze de Setembro. Fez tudo isso sorrindo, falando a linguagem do povo – bem ao contrário do pedante e carrancudo JB.
Blaise representa os 99%. JB é o 1% togado. Blaise é um fato novo, a esquerda dando sinal de vida nos Estados Unidos. JB é o fato velho, um neolacerdista que faz do moralismo uma arma para enganar aquele extrato da classe média retrógrado, reacionário, egoísta e preconceituoso.
Como lembrou a atilada Lulu Chan, JB é o nosso Javert – o sinistro personagem criado por Vítor Hugo em Os Miseráveis.
A posteridade haverá de dar-lhe o papel que ele merece. No presente, este antibrasileiro é o Homem do Meio por Cento.