Cinco cidades de Minas Gerais terão nova eleição

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Quase uma semana depois da posse dos prefeitos, algumas cidades de Minas ainda têm sua situação indefinida em razão da cassação do mandato dos eleitos. Levantamento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG) mostra que, até agora, cinco municípios mineiros terão eleições extemporâneas, mas apenas em duas delas está marcada a data para a volta dos eleitores às urnas: Biquinhas, na Região Central, e São João do Paraíso, Norte de Minas. Eles farão nova escolha em 7 de abril. Os moradores de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha; de Cachoeira Dourada, no Triângulo; e Rochedo de Minas, na Zona da Mata, também terão que escolher novamente seus administradores, mas ainda sem data definida. Até agora, oito prefeitos eleitos foram cassados em todo o estado. Em três cidades, assumirão os segundos colocados.


Nesse cenário de indefinição, a situação de Diamantina chama a atenção porque a cassação do prefeito Paulo Célio (PSDB) e seu vice, Gustavo Botelho (PP) ,pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aconteceu apenas um dia antes da posse. Eles foram eleitos com 52,04% dos votos, mas a decisão do tribunal tornou Botelho inelegível por ter tido suas contas rejeitadas. Ele foi prefeito da cidade por dois mandatos, entre 2001 e 2008. No entanto, em 2001, as contas foram rejeitadas pela não aplicação de 25% do orçamento municipal na área de educação. A decisão jogou por terra também o sonho de Paulo Célio, que há 22 anos luta para chegar à cadeira de prefeito. De acordo com a legislação eleitoral, caso o candidato cassado tenha obtido mais de 50% dos votos válidos, deverá ser feita nova eleição.

Sem data marcada para acontecer o novo pleito, a cidade está sob o comando do presidente da Câmara, vereador Maurício Maia (PSDB), até que o TRE marque o retorno às urnas. Apesar do cobiçado cargo, Maia está, na verdade, com uma batata quente nas mãos. O ex-prefeito, Padre Gê (PMDB), candidato derrotado na corrida pela reeleição, deixou a prefeitura sem pagar o funcionalismo público do município. Por isso, Maia passou toda a tarde de ontem em reunião para estabelecer prioridades. Apesar da decisão da última instância da Justiça Eleitoral, Botelho anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Estou decepcionado. Não houve dolo. Tenho a minha consciência tranquila. O erro não foi meu", afirmou o ex-prefeito. Segundo o processo, ele deixou de aplicar 0,15% do percentual exigido.

Segundo lugar Apesar de terem tido os prefeitos eleitos cassados, nos municípios de Arcos, na RegiãCentro-Oeste; Corinto, na Região Central; e Senhora do Porto, no Vale do Rio Doce, a situação foi resolvida com a posse do segundo candidato mais votado na eleição. Em Arcos, tomou posse Roberto Alves da Silva (PCdoB) e sua vice, Luciana Araújo (PCdoB), que obtiveram 33,34% dos votos válidos. Em Corinto, Nilton Ferreira da Silva (PSDB) e o vice, Adjalme de Jesus Chavis (PP), foram cassados por abuso de poder político e de autoridade. Assumiu o cargo Sócrates Lima Filho (PSC), que obteve 32,93% dos votos válidos. Em Senhora do Porto, assumiu a chefia do Executivo Geraldo Lúcio Albino, que teve 1.255 votos, ou seja, 47,63% da preferência do eleitorado.
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