Morre Oscar Niemayer

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Morreu às 21h55m desta quarta-feira (05) o arquiteto Oscar Niemeyer, que estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Após demonstrar uma capacidade de superação que chegou a surpreender os médicos, o estado clínico do arquiteto piorou hoje, como havia constatado o médico clínico Fernando Gjorup constatou a piora no estado clínico do arquiteto.
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares nasceu dia 15 de dezembro de 1907, em Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Oscar Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, que viviam na ainda bucólica Rua Passos Manuel, mais tarde batizada com o nome do avô do arquiteto, Ribeiro de Almeida, então ministro do Supremo Tribunal Federal.

Típico boêmio carioca na juventude, frequentava o Café Lamas, o clube do Fluminense e a Lapa. Em 1928, formou-se no ensino secundário (atual ensino médio), aos 21 anos. No mesmo ano, casou-se com a filha de imigrantes italianos, Annita Baldo, na época com 18 anos. Com ela teve apenas uma filha, a galerista Anna Maria Niemeyer, falecida aos 82 anos, em 6 de junho de 2012, vítima de enfisema pulmonar.

Em 1929, inscreveu-se na Escola Nacional de Belas Artes, onde se formou em 1934 como engenheiro arquiteto. Trabalhou na tipografia do pai. Mesmo sem remuneração, começou na carreira de arquiteto no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão, em 1935. Dois anos depois, Niemeyer fez o projeto da obra do Berço, no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio. Em 1939, viajou com Lúcio Costa para a feira Mundial de Nova York, com quem dividiu o projeto do Pavilhão do Brasil. Em 1940, o jovem arquiteto assina seu primeiro trabalho individual, o Conjunto da Pampulha, após conhecer o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek.

Por esta obra, ao mesmo tempo em que recebeu muitas críticas, conquistou seu primeiro reconhecimento internacional. Em 1951, assinou a criação do conjunto do Ibirapuera e do edifício Copan, ambos em São Paulo.

Nova capital do Brasil
Eleito presidente em 1956, JK decidiu levar a capital do país à região central. Niemeyer foi convidado para fazer parte da equipe que construiria Brasília, a nova capital. O Congresso Nacional, os palácios do Itamaraty, do Planalto e da Alvorada, o Teatro Nacional e a Catedral Metropolitana são algumas dos projetos que ele realizou. Criou-se assim uma das capitais mais modernas do mundo, como previa o projeto inicial. Brasília foi erguida em apenas quatro anos.

Em 1945, Niemeyer filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Sua posição política lhe trouxe problemas e seus trabalhos começaram a ser recusados. Durante um período da ditadura brasileira, se autoexilou na França. Em 1963, tornou-se membro do Instituto Americano de Arquitetos dos Estados Unidos, quando ganhou o prêmio Lênin¸ em favor da paz.

Recebeu em 1987 o prêmio Pritkzer de Arquitetura, o mais relevante reconhecimento mundial do setor. Quatro anos depois, projetou o MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói, com traço moderno, que se assemelha a um disco voador. Em 2002, foi inaugurado o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Em 2006, foi dele o projeto do Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília. Assinou cerca de 140 projetos e foi alvo de cerca de 30 prêmios e reconhecimentos.

Viúvo desde 2004, casou em novembro de 2006 com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos. Tinha na época 99 anos e fez jus à fama, entre os amigos, de ser um grande admirador do sexo feminino, cujas linhas sensuais - assim como o perfil dos morros cariocas - ele sempre reproduzia em seus projetos. 

Apesar da idade avançada, Niemeyer ia diariamente ao escritório na Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio, até 23 de dezembro de 2009, quando foi internado para retirar vesícula e um tumor do cólon. Em 25 de abril de 2010, o arquiteto foi novamente internado, com infecção urinária. Em 2012, foi internado três vezes e, na última delas, chegou a surpreender os médicos por sua capacidade de superação.

Niemeyer é considerado um dos arquitetos mais relevantes da arquitetura mundial, conhecido pelo seu traço moderno, que fugia da obviedade de linhas retas. Ele preferia usar linhas curvas em suas composições, que imprimiam suave beleza e arte aos ambientes. JB

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