Com orçamento estimado para 2013 em aproximadamente R$ 42
bilhões, o prefeito eleito no dia 28 terá a missão de administrar a maior e
mais rica cidade do
Brasil. José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) disputam o comando da capital
paulista, que tem Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 389,3 bilhões, de acordo
com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009 – o
que representa 12,26% de toda a riqueza produzida no país.
José Serra é ex-prefeito da capital paulista e foi governador de
São Paulo até 2010. Nasceu em São Paulo (SP) e tem 70 anos. Economista, Serra
começou sua carreira na política no movimento estudantil
da Universidade de São Paulo (USP), chegando à presidência da União Nacional do
Estudantes (UNE). Mais tarde, Serra foi deputado federal, senador, ministro,
prefeito e governador. Entre as propostas de Serra estão a ampliação da rede de
centros de Referência de Assistência Social (Cras) e a transformação de 200
favelas em bairros, com água e esgoto.
Ministro da Educação até o início deste ano, Fernando Haddad
nasceu em São Paulo (SP) e tem 49 anos. Formado em direito, Haddad também
começou sua trajetória política no movimento estudantil da Universidade de São
Paulo (USP). No ministério, ajudou a implementar o Programa Universidade para Todos
(ProUni) e a nova versão de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Entre as propostas de Haddad estão a implantação de mil novos leitos
hospitalares, a construção de três novos hospitais e a criação do bilhete único
mensal para o transporte público.
No primeiro turno, Serra obteve 30,75% dos votos válidos
e Haddad, 29,98%. Os votos brancos somaram 5,43% e os nulos, 7,35%.
O vencedor do pleito no dia 28 irá administrar a cidade mais
populosa do Brasil, com 11.376.685 habitantes, segundo levantamento divulgado este
ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O eleitorado
paulista é formado por 8,61 milhões de pessoas.
Essa população desfruta de um Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) elevado. A cidade recebeu pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), em uma escala de 0 a 1, o valor de 0,84.
O setor de serviços é o que tem o maior peso na economia da
cidade. Ele responde por R$ 255 bilhões do PIB, seguido da indústria (R$ 67
bilhões), impostos sobre produtos líquidos (R$ 67 bilhões) e agricultura (R$ 25
milhões). Assim, a cidade passou a ser vista como polo de serviços e negócios.
Considerada capital sul-americana de feiras e negócios, São
Paulo tornou-se um dos principais destinos do mundo para eventos
internacionais, movimentando cerca de R$ 2,9 bilhões por ano.
Esse cenário atraiu para a metrópole as sedes de 63% dos grupos
internacionais instalados no Brasil, de 17 dos 20 maiores bancos, de 38% das
100 maiores empresas privadas de capital nacional, de 8 das 10 maiores
corretoras de valores e de 100 das 200 empresas de tecnologias, de acordo com
dados da empresa de turismo e eventos da cidade de São Paulo (SPTuris) de 2010.
A segunda maior frota do mundo helicópteros também está na capital paulista.JB