VERGONHA - Auxílio-paletó custa R$ 252 mi em quatro anos

Valor do 14º e 15º dos parlamentares em um mandato daria para bancar Bolsa Família para 17 mil grupos

Brasília O Congresso Nacional e 16 assembleias do País desembolsaram cerca de R$ 252,5 milhões para os pagamentos de 15 salários anuais dos parlamentares ao longo de quatro anos de mandato. As informações são do site Congresso em Foco.

São beneficiados um total de 1.315 políticos. Caso o dinheiro fosse destinado a projetos sociais, poderia por exemplo sustentar por quatro anos um total de 17 mil famílias com o benefício máximo do Bolsa Família, de R$ 306. Na habitação popular custearia a construção de 4,7 mil casas populares de R$ 54 mil - teto do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" para esse tipo de moradia.

Soma

O auxílio extra, denominado de auxílio-paletó, na verdade, se somado permitira a compra de 126.250 ternos, considerando-se o valor de R$ 2 mil. Cada parlamentar poderia, assim, comprar com o auxílio-paletó, que recebe anualmente, pelo menos 20 ternos novos.

Alegando que apenas seguem o modelo adotado no Congresso, 16 assembleias legislativas têm previsão para pagar, em fevereiro e dezembro de cada ano, duas parcelas equivalentes aos vencimentos dos deputados estaduais, algo em torno de R$ 20 mil, a título de "ajuda de custo" ou "auxílio-paletó".

Em Goiás e em São Paulo, o pagamento está no momento suspenso pela Justiça. O Senado discute extinguir o benefício, reduzindo o auxílio a um pagamento no começo do mandato e a outro, no último mês. Mas o corte nos estados terá de ser ainda discutido. A fatura maior recai sobre o Congresso Nacional. Os 15 salários dos 513 deputados e 81 senadores custam, ao longo de quatro anos - tempo de mandato de um deputado e meio-mandato de um senador - R$ 126,8 milhões.

No caso das assembleias legislativas, o montante não fica muito atrás: em quatro anos, são R$ 125,6 milhões. Os valores são estimativas com informações dos legislativos estaduais.

Também pagam o benefício as assembleias do: Acre, Amazonas, Ceará, Goiás (suspenso por liminar da Justiça), Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.

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